Esquema de cores no filme
Alexandria
Grupo 1 de plástica. E-mail:
arqeurb2011ufu@yahoo.com.br
Este
exercício tem como objetivo a percepção dos esquemas cromáticos utilizados no
filme Alexandria, lançado em 2009, dirigido por Alejandro Amenábar e protagonizado
por Rachel Weisz. O filme retrata conflitos religiosos e filosóficos no período
Romano/Egípcio e como um escravo do império se envolve amorosamente com a
filósofa e matemática pagã Hypatia de Alexandria. Os jogos de esquemas
cromáticos são elemento importante na construção de um longa ou curta metragem,
sendo responsável por causar sensações e exprimir diferentes idéias a partir
das cores dos figurinos e cenários.
Palavras-chave: Alexandria,
Escala Cromática, Cores.
Color scheme in the film Alexandria
Grupo 1 de plástica. E-mail:
arqeurb2011ufu@yahoo.com.br
This
exercise is
aimed at the
perception of color
schemes used in the movie Alexandria, launched in 2009, directed by Alejandro Amenabar and starring Rachel Weisz. The film portrays religious and
philosophical conflicts during the Roman / Egyptian and as a slave of the empire has a love interest with the pagan philosopher and mathematician Hypatia of Alexandria. The games color schemes are an important element in building a long or short film, responsible for causing feelings and express ideas different from the colors of the costumes and scenery.
Keywords: Agora, Chromatic Scale, Color.
- Esquema Cromático
no filme Alexandria
No
filme Ágora as escalas cromáticas têm uma presença muito forte, marcando as
fases pelas quais os personagens passam, buscando através de suas tonalidades,
expressar a leveza e/ou tensão da situação, que pode ser identificada
principalmente através da personagem principal.
Inicialmente são
utilizadas cores terrosas e claras (indo do bege ao branco), já que a situação
é estável, o poder político está sobre o controle dos pagãos e a protagonista,
marcada por roupas extremamente claras, se encontra bem dando aulas.
Os
cristãos e judeus são caracterizadas por roupas escuras, já que são os
responsáveis por tentar impor seus dogmas fazendo uso da violência, gerando
conflitos e guerras em busca da tomada de poder. Dessa forma, suas cores – que
vão do azul marinho ao preto – buscam esse peso visual, representando a
influência que terão sobre o rumo da história do filme e, principalmente, da
protagonista.Um dos marcos desse conflito é a destruição da biblioteca de
Alexandria, como forma de tomada do poder por parte dos cristãos, que se
mostram como maioria.
Com
os conflitos gerados, o poder pagão se vê obrigado aceitar o cristianismo e sua
influência no poder, marcando uma nova fase na vida dos personagens. Para
tanto, prevalecem os tons mais avermelhados e dourados para os pagãos, enquanto
cristãos se mantém associadas à tons escuros e monocromáticos. Isso,
consequentemente, marca também a nossa protagonista, que passa a usar
tonalidades mais fortes como o vinho, de forma que esse peso visual – que
contrasta com as tonalidades claras que ela usava no início– represente um
momento de intensa dúvida, na qual ela não consegue desvendar a questão sobre o
giro da terra em torno do sol, ao mesmo tempo em que se vê em um governo
controlador e que suprime o papel da mulher (preceitos aos quais Hipátia era
contra).
Por
fim, os cristãos ganham ainda mais força e os pagãos são obrigados, não apenas
a aceitar, mas também a aderir à doutrina cristã. Sendo isso contra os ideais
de Hipátia, ela recusa-se a se submeter ao cristianismo, sendo, então,
condenada à morte. Esse final, por sua vez, é marcado pelos
tons azulados e escuros, buscando mostrar ainda mais a força obtida pelos
cristãos dentro da história, bem como a trágica morte da protagonista.
Conclusão
De
uma forma geral, a história começa com tons terrosos e claros, em que a
protagonista é mais livre, e termina com tons azulados e escuros, no qual a
protagonista é reprimida e levada à morte.
2.4 Fichamento do texto:
MONTANER, Josep - Abstrações. In As Formas do Século XX
Montaner busca enfatizar a questão da forma
na arquitetura do século XX, utilizando-se das artes, da filosofia, das ciências
e da contínua evolução da sociedade. Dessa forma, ele defende que os
conceitos primordiais para que se possamos compreender a arte e a arquitetura
do século XX são abstração e expressionismo, uma vez que tais áreas passaram a
se basearem mais na razão e na máquina do que na imaginação e na criatividade. A abstração é vista como um processo inovador, a
busca racional da lei, e das formas que impulsiona um dinamismo sendo completamente
oposta a tradição.
A partir do momento em que o artista moderno rompe
com a subordinação e a mimese da realidade, a qual - de acordo com Vitrúvio - foi
uma grande forma de aprender arte e arquitetura. Nasce um novo estilo no incio,
demonstrado por meio de pontos, linhas formas e cores, que ao se consolidar no
século XX supera a arte clássica.
Esse novo estilo busca uma percepção dinâmica, seja
ela visual, tátil, distante, ou até mesmo estática, de maneira que a relação
entre a obra e o ponto de vista do observador fosse a sua verdadeira essência. O
que dá a cada obra, a cada objeto, uma significação, que pode ser mudada a
qualquer momento.
Junto a isso, temos a teoria de Albert Einstein, acerca
da relatividade, que vem a introduzir um novo conceito o de: espaço-tempo. Com isso
a arquitetura, a partir do século XX começa a permitir uma melhor fluidez,
expansão e a relação entre o exterior e o interior.
A escola de Bauhaus, por sua vez, define três
estados básico da arte abstrata, a superfície - determinada pela matéria,
textura, formas e cores -, o volume - que representaria, as formas no espaço e
os materiais - e o espaço - que corresponderia a síntese, matéria básica da
arquitetura.
Dessa forma, a arte, se torna um dos melhores meios
de se perceber a realidade, a partir da abstração, a qual foi dividida em
diversas correntes como:
- O Cubismo, que explora a realidade
dinâmica e simultânea, proporcionada por diferentes pontos de vista, tendo
como base a sobreposição de planos, gerando um espaço intersticial que deve
ser reconstruído mentalmente;
- O Neoplasticismo, que possui
facilidade em transmissão e compartilhamento, utilizando-se de elementos
limpos e independentes entre si, de forma que possam ser claramente
diferenciados e articulados por paredes livres;
- O Construtivismo, que constitui a
abstração e redução ao máximo, reduzindo a complexidade da realidade ás
duas dimensões do plano, compondo do ponto de vista arquitetônico formas
dinâmicas, matemáticas e de certa forma funcionais.
E nessas correntes muitos artistas se destacaram ao
desenvolver sua própria maneira de se expressar e entender a forma, como por
exemplo :Wassily Kandinsky, PietMondrian e KazimirMalevitch.
No fim as correntes Neovanguardas, apesar da
simplicidade, do racionalismo e dogmatismo acabaram dando continuidade a essa
questão da abstração, desenvolvendo duas vertentes, uma mais sistemática,
processual e conceitual, que se manifestou a partir dos anos sessenta e outra
relacionada à pesquisas e certezas científicas. Por fim, dentro do conceito de
abstração, o artista é considerado uma figura anônima a vagar por uma sociedade
abstrata.
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